sábado, abril 24, 2021

Regresso às origens

 Ontem regressei às minhas origens para visitar a minha mãe depois de algum tempo por impedimento da Pandemia e de lá trouxe estes registos.

Um recanto da aldeia com a sua igrejinha ao fundo...

(Clique sobre as fotografias para ampliar)

A praia fluvial

Flores do campo









Da minha aldeia

 Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...

Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.

Alberto Caeiro

(Heterónimo de Fernando Pessoa)


Desta forma aproveito para vos desejar um bom fim de semana.

Abraços,

Ailime

(fotos minhas) 


12 comentários:

  1. Bom fim de tarde, querida amiga Ailime!
    Que espetáculo passar por aqui!
    Até sinto o odor das graciosas.
    Gosto muito das pequeninas... margaridas e iosótis me agradam muito também.
    As que nos mostra são um enlevo aos olhares. Refresca a mente. Relaxa.
    Que bom ter podido visitar sua mãe!
    Adoro igrejinhas de aldeias. Tipo as italianas, escondem uma fé genuína.
    Muito linda a praia fluvial.
    Tenha um final de semana abençoada!
    Saio daqui com um lindo ramalhete.
    Beijinhos carinhosos e fraternos

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  2. Que bom conseguiste visitar tua mãe! Como estão as coisas com ela?

    Linda poesia escolhida e belos cliques de lá! beijos, chica

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  3. Que lindos e floridos olhares. Adorei especialmente as flores de estevas, tenho saudades de as ver.
    Um poema lindo e perfeito para enquadrar a sua visita à aldeia.
    Bom fim de semana
    Beijinhos

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  4. Verdes belíssimos!... Sente-se paz...
    Adoro essas flores silvestres, tenho-as no meu campo... Malvas e alfazemas anunciam a primavera... E mais tarde chegam as flores delicadas da esteva.
    Com o confinamento, este ano nem visitei as minhas.
    O poema do Caeiro está muito bem enquadrado.
    Um 25 de Abril muito amoroso e bem passado. Beijinhos
    ~~~~~~~~~~

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  5. Uma postagem rica em beleza e cores. A sua visita foi cheia de bons e amorosos olhares e cliques, Ailime.
    Bom domingo de 25/Abril! Você é uma pessoa verdadeiramente livre!!!
    Beijinhos

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  6. Imagino como deve ter sido bom abraçares a tua mãe. Que bom poder ler aqui este poema de Alberto Caeiro, o meu Pessoa preferido, Fotografias maravilhosas.
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um beijo.

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  7. Olá, Ailime, eu, de novo!

    Da sua aldeia tanta coisa se pode ver, aliás, das nossas aldeias vemos o mundo, o nosso mundo. Eu sou citadina, confesso, e a minha terra pouco me diz já.

    Gostei de reler Caeiro, que sempre falava deste tipo de assunto. Era um aldeão nato.

    As fotos estão muito bem tiradas e parece que tudo se mantém bem conservado.

    Beijos e saúde.

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  8. Boa tarde Ailime,
    Estas fotos inspiram mesmo a ler Alberto Caeiro! "Da minha aldeia" e "O rio da minha aldeia" são os meus preferidos! Mas também dos heterónimos de Pessoa é com Caeiro que mais me identifico.
    Das flores adoro as estevas e o perfume do rosmaninho. Faltam as papoilas ;)
    Lindas fotos.
    Beijinhos e bom domingo-feriado.

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  9. Ailime são olhares que nos mostram o quão belo é o nosso país! Tenho dado pequenos passeios cá dentro longe dos aglomerados que enchem o litoral!
    Gostei de conhecer!!!... Bj

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  10. Detalhes fotográficos sobre a sua aldeia de nascimento simplesmente fascinantes. O meu elogio a quem tirou tão belas fotos.
    .
    Saudação poética
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  11. Lindas fotos, rematadas com um excelente poema. Trouxe-me paz ao espírito. Obrigado! Muitos beijinhos do filho Sérgio.

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  12. Que lindo Ailime, poder rever a mãe neste tempo tão confuso e escuro.
    Voltar ao torrão e senti-lo como seu, andar com os olhos atentos às belezas,
    sem o medo do invisível e ou previsível.
    Linda partilha ilustração definição com o Caeiro em sua máxima sensibilidade.
    Gostei de saber desta volta amiga onde é maior, é rainha.
    Uma linda semana para vocês.
    Beijo amiga.

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Caminho por aí, quer chova, quer faça sol! Até quando não sei!
Só sei que quero caminhar e contra ventos e marés nada me impedirá de construir os meus castelos!Ailime