terça-feira, dezembro 13, 2016

Postais de Lisboa (1)

Partilho algumas fotos tiradas há dias, ao cair da tarde, à Beira Tejo (Belém) Lisboa.













LISBOA  - poema  de Shopia de Mello Breyner Andresen)


Digo:
«Lisboa»
Quando atravesso — vinda do sul — o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do seu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas —
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
— Digo para ver


1977
In Navegações, 1983

Desejo-vos continuação de boa semana.
Abraços. Ailime

domingo, dezembro 11, 2016

Música de que gosto

Hoje  partilho uma canção de um cantor português que aprecio bastante.

FERNANDO TORDO


em
Balada para Nossos Filhos


Uma canção lindíssima.
Acho que ninguém vai ficar indiferente!
Bom domingo.
Abraços. Ailime