Há dias enquanto caminhava numa das ruas aqui
onde moro, observei no céu vários aviões que faziam talvez alguns exercícios
deixando no céu rastos com formas e aspectos que achei interessantes. O meu
telemóvel acompanha-me para todo o lado e praticamente serve-me apenas de máquina
fotográfica. Ficam os registos.
O que "pensaria" a pomba?
Poesia mínima
Pintou estrelas no
muro
e teve o céu
ao alcance das mãos.
Helena Kolody
Do livro:
"Poesia mínima", Criar edições, 1986, PR
Chica antecipou para hoje o Vamos brincar e vou construir algumas frases com o termo proposto PORTA aproveitando para falar do feriado que se aproxima. Amanhã será celebrado o
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Como é junto ao fim de
semana, muitos portugueses irão decerto aproveitar para gozar a chamada “ponte”
que se prolongará até segunda feira para quem trabalha ou vive em
Lisboa, uma vez que no dia 13 é o feriado municipal de Lisboa, dia de Santo
António com os habituais casamentos dos noivos e o desfile das marchas de Lisboa na Avenida da Liberdade.
Camões - os Lusíadas, vasta porta de conhecimento.
Paris abrirá a porta para as celebrações.
Portugal
Antes porta aberta nas descobertas de além-mar.
Hoje porta fechada, emigração jovem em massa.
Portugal sempre porta escancarada para receber todos.
Santo António porta feliz para os noivos.
Lisboa porta enfeitada para as festas populares.
Não posso deixar de prestar a minha homenagem ao meu filho mais velho e outros jovens que para bem longe partiram em busca da concretização dos seus sonhos. Ele faz parte das imensas comunidades jovens espalhadas pelo mundo a quem o País nos últimos anos fechou as portas, convidando-os a emigrar, embora neste caso foi por opção própria. Uma geração bem preparada, que custou muito dinheiro ao Estado que agora os rejeita.
Pedro Abrunhosa escreveu e cantou assim o que eu e muitas mães sentimos por termos os nossos filhos tão longe fisicamente, mas sempre presentes nos nossos corações.
Neste vídeo canta com Camané que aprecio muito também.
Hoje ao visitar a
Maria da Graça do Blogue Crocheteando... momentos fiquei
mais uma vez sensibilizada pela ternura e amor com que abraçou
a missão de cuidar de seu pai que está acamado. O tempo passa e
as situações invertem-se e chega o momento em que somos nós
a cuidar deles. No meu caso ainda é a minha mãe que, apesar
dos seus 84 anos, vai ajudando o meu pai que completou em Março passado
90 lindas primaveras, nas suas já imensas limitações.
Ao meu pai dediquei
as palavras que abaixo transcrevo que escrevi passados cinco dias após o
seu Aniversário e que publiquei no canto-meu.
Hoje lembrei-me de
as partilhar neste espaço dedicando-as a quem como a Graça e tantas
outras pessoas abraçam tão nobre missão de cuidadoras amorosas dos
pais.
Pudera eu
devolver-te a leveza dos pássaros
para que voasses
nas margens do rio
o sorriso que,
desperto, em teu olhar
te ilumina o
entardecer.
Pudera eu retirar
todos os limos
que te resvalam nos
gestos
a fragilidade do
chão, escorregadio
sob os teus pés vacilantes.
Pudera eu
devolver-te num raio de sol
a seiva a pulsar,
qual primavera em apogeu
a cingir-te nos
braços, o rio ao amanhecer.
Pudera eu atrasar
os ponteiros do relógio
para te retardar no
rosto os teus olhos cor de rio.
«Se você ama uma
flor, não a colha. Por que se você a colhe, ela morre e deixa de ser o que
você ama. Então se você ama a flor, deixe-a estar. O amor não está na posse. O
amor está na apreciação».
Hoje
dia do desafio em que a Chica no seu Blogue " Chica brinca de poesia" em parceria com seu netinho Neno nos propõem a cada dia 5, 15 e 25
do mês a leitura de uma imagem para que os nossos neurónios não deixem de
funcionar.
O que me sugere esta lindíssima pose de sua netinha Marina?